Hoje daremos começo a uma série de histórias curiosas – e
potencialmente divertidas- sobre a minha vida.
A ideia é que não sejam posts tão sérios. Haverá seriedade,
mas é apenas para que haja uma quebra de expectativa. Agora chega de enrolação
e LET’S GO!!!!
Comunicação é uma palavra chave para as relações humanas. É
comunicando uma mensagem que sabemos quem é amigo, quem é inimigo e conseguimos
estabelecer acordos de paz. Mas é essencial que o ouvinte, aquele que recebe a
mensagem a compreenda.
O ano era 2015 (ou 2014, não achei-a foto que eu queria pra
comprovar até o momento em que escrevo), e eu estava bastante envolvido com um
movimento católico chamado Renovação Carismática, ou RCC. E fui convidado para
ir a São Paulo no Encontro Nacional de Formação, a ideia era de que eu voltasse
com bagagem para criar o “ministério jovem” na comunidade onde vivo. Parece um
monte de informação aleatória, mas acredite, cada detalhe é importante.
O esquema seria o seguinte: O Regional em que estávamos
inseridos iria fechar transporte (ônibus) e alugar uma hospedagem para estadia.
No caso ficamos em uma pousada em Cachoeira Paulista, de frente para o portão
da Famosa Canção nova.
A pousada era maravilhosa, tínhamos café e janta incluídos,
tudo de excelente qualidade. Os quartos eram honestos.
Àquela época, eu já era um cara povoado de pensamentos e
criatividade, mas bastante tímido e retraído – traços que ainda permanecem,
apesar de hoje serem pouco evidentes- o que me fazia pouquíssimo popular, mas
ainda assim atraente, não no sentido físico, apesar de na época eu estar
emagrecendo, mas eu me destacava por ser calado e gostar de conversar com
pessoas mais velhas. Dito e feito, mas depois de 1 dia, pea proposta de eu
trabalhar com os jovens, havia conseguido diálogo com um rapaz, que dormia no
mesmo beliche, na parte de cima. Era um jovem vocacionado, e por eu admiriar a
vocação sacerdotal, foi fácil estabelecer um contato.
Por uma série de fatores, eu era super retraído com meninas, mas o vocacionado
tinha amigas no regional, com as quais logo montamos um quarteto. E no segundo
dia, as tias da igreja já me zoavam porque eu as havia abandonado para tomar
café com as meninas. Vale ressaltar aqui que não havia segundas intenções de
minha parte. Contudo, minha mãe sempre me cercou de cuidados, então ela me
liberar para essa viagem sem ela, havia sido um marco. E dentro dessa viagem eu
começar a me soltar, outro ainda mais inesperado.
Ali descobri que as pessoas riam de piadas, mesmo as mais
“pesadas”,e como eu era tímido, aproveitava
para observar as relações humanas. Agora era a chance de observar e testar de
perto. Eram novas possibilidades.
Foram dias de oração, comida, diversão e bastante conversa.
Conhecemos muitas pessoas. Me aproximei de uma dezena na época. E agora que
vocês conhecem o contexto, fica mais fácil ler o episódio. Sim, Paulista não sabe o que é mousse. Ou não.
Prossiga e faça seu juízo.
Não me recordo bem se era um café ou almoço. Mas era na
pousada. Lembro da atendente. Caucasiana, aparentemente da mesma idade do
grupo, que variava entre 15-18 anos. Éramos três sentados à mesa. O amigo
vocacionado ainda estava tomando banho ( um banheiro, implicava em uma fila).
Chega a atendente e pergunta o que iriamos beber. E como todo bom carioca de
baixa renda, pedimos o bom e velho
GUARAVITA. A atendente não sabia o que estávamos pedindo. Guaraná natural?
Também era um termo estranho. Precisamos apontar no balcão o que queríamos. E
descobrimos que para os paulistas, assim como no refrigerante, eles chamam pela
marca –me pergunto se paulista fala “hastes flexíveis”-, logo para la era
Muzzi. Com uma pronuncia bem parecida que nós cariocas fazemos quando falamos
Mousse. Pronunciamos “ Mússí”, bem parecida com a marca da bebida.
Momentos depois, e após de algumas risadas, chega nosso
amigo. E antes que ele peça, nós pedimos, mas todos esquecemos do costume e
rola outra confusão. O amigo não entende nada e tentamos explicar. Uma das
meninas diz, enquanto chega a atendente com a bebida:
-“(...) É que para os paulistas, guaravita é Muzzi”- o riso
corre na mesa. E antes de qualquer reação, e=nosso amigo se vira pra atendente,
estufa o peito, e em voz alta diz:
-Ah moça, é que LÁ NO RIO MOUSSE É OUTRA COISA.
A funcionária esboça reação. Mas não há o que fazer. Todos riem.
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